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13 Agosto 13 coisas que você precisa saber sobre capacetes

1 - Como escolher o modelo ideal de capacete?

No mercado existem opções que começam em R$ 70,00 e vão até R$ 3.000. Não precisa exagerar nem para cima nem para baixo. Basta usar o bom senso e perceber que produtos a partir de R$ 600,00 oferecem boa margem de segurança e conforto, além de bom custo benefício. Importante é refletir, pense enquanto pode que o cérebro é um órgão vital e uma lesão pode trazer sequelas graves.

2 - Capacete de fibra ou de plástico?

É um assunto já comentado e explicado várias vezes, mas merece ser lembrado. Todo bom capacete aprovado pelos órgãos de certificação, teoricamente, são eficientes. Mas existem situações que precisam ser analisadas. Com relação ao preço, o plástico injetado é mais barato por causa do processo construtivo. Por ser injetado a fábrica produz milhares de peças por dia, isso reduz o custo industrial e o preço final. Já os capacetes de fibras (ou compósitos) são quase artesanal e a produção é baixa, por isso o preço final é maior. Mas existe uma diferença estrutural: os capacetes de calota de fibra suportam mais de uma pancada no mesmo ponto, enquanto o de plástico não. Em termos de segurança as calotas de fibra são mais eficientes.

3 - Que tipo de material é utilizado para o isolamento interno e absorção de impactos nos capacetes?

O material mais utilizado e mais eficaz na absorção de impactos nos capacetes é o EPS - Poliestireno Expandido (isopor). É a camada de EPS - Poliestireno Expandido (isopor), a qual reveste o casco do capacete, que efetivamente protege o crânio do usuário.

Abaixo podemos observar alguns modelos utilizados para esse fim:

4 - Quanto tempo dura um capacete?

Qualquer equipamento têxtil que envolve segurança precisa ser substituído após cinco anos independentemente do uso. Inclusive pneus!!! Claro que há casos que reduzem esse período, como a queda (com a cabeça do motociclista dentro), mesmo que aparentemente não provocou nenhum dano estrutural. Como o capacete é um item feito para dissipar energia, às vezes o impacto foi em um ponto mas aparece uma fissura no lado oposto. Se o capacete tocou no solo na queda precisa ser trocado. Nada de lixar e pintar por cima!
Outro fator que acelera o desgaste é o constante tira e põe. Motociclistas que trabalham com entregas colocam e tiram o capacete várias vezes por dia. Essa ação amassa a camada de EPS – Poliestireno Expandido (isopor) que reveste internamente o casco e deixa o capacete “largo”. Se o capacete fica folgado na cabeça é hora de trocar.

5 - O capacete tem de ser duro?

Não, na verdade ele é feito para ser deformável e flexível, justamente para dissipar as ondas de choque. O que efetivamente protege o crânio não é o casco e sim a camada de EPS – Poliestireno Expandido (isopor) que funciona como um colchão para absorção de impactos, conforme pode ser observado na foto abaixo:

6 - Capacete aberto (tipo Jet) é proibido?

Não, se ele tiver o selo ou etiqueta de certificação dos órgãos de normatização ele é permitido, no entanto é obrigatório ter viseira ou ser usado sempre com um óculos de proteção. Esses óculos podem ser esses de uso para trabalho (EPI) que custam muito barato e são vendidos em lojas de material de construção. Óculos de grau e escuros não são considerados óculos de proteção. Em termos de proteção o capacete aberto não oferece o mesmo grau de proteção de um integral (fechado), especialmente em caso de queda frontal, expondo o maxilar, boca, dentes etc.

7 - O capacete basculante (Robocop) é seguro?

Sim, se foi homologado é seguro. Porém a maioria dos usuários acaba mantendo o capacete com a frente levantada e ele se torna um capacete aberto. Quando fechado ele oferece um bom nível de proteção. Não é igual a um fechado porque o sistema basculante se torna um ponto de menor resistência.

8 - A fivela por engate rápido é segura?

Como foi descrito anteriormente, se foi aprovado pelos órgãos certificadores é seguro. No entanto se o capacete for usado em competição ou track-days recomenda-se o fecho por argolas de metal porque é um mecanismo a menos para se preocupar. No caso das fivelas de engate rápido o mecanismo muitas vezes é de plástico e como tudo que é feito desse material tem um desgaste mais rápido e resistência menor do que o metal.

9 – O capacete pode ser pintado?

Sim, nada impede que um capacete seja pintado. Deve-se observar alguns cuidados: colar os adesivos refletivos e observar se há o código de certificação costurado na fivela ou na etiqueta interna. O selo não é obrigatório estar visível no casco.

10 – Posso optar por usar viseira escura no capacete?

Durante o dia sim, mas após o pôr do sol é preciso trocar pela cristal. A viseira espelhada foi proibida mesmo durante o dia por questões de segurança pública porque impede a identificação do rosto do motociclista.

11 – É obrigatório o selo do Inmetro?

Essa é a questão mais polêmica envolvendo capacetes A lei determina que marca/modelo devem ser certificados e que a unidade deve apresentar etiqueta ou adesivo identificando a normativa de aprovação. Portanto o selo não é obrigatório, o problema é que essa etiqueta interna se apaga rapidamente.

12 – Posso comprar um capacete no exterior da mesma marca e modelo vendido no Brasil e usar por aqui?

Mais uma questão complicada, porque se a lei diz respeito à marca/modelo, teoricamente sim, no entanto a lei brasileira – como sempre – dá margens às interpretações mais flexíveis, porque afirma textualmente que a uniddade deve trazer o selo ou etiqueta de certificação pela instituto de homologação brasileiro! É isso que impede o uso de um equipamento comprado no Exterior. Ou seja, na prática não pode!

13 – Existe capacete específico para crianças?

Em primeiro lugar saiba que a idade mínima para andar na garupa de motocicletas é sete anos. Sim, existe e deve ser usado um capacete próprio para criança. Um capacete largo pode até piorar em caso de acidente porque o excesso de peso pode agravar uma lesão cervical. Todo equipamento para criança deve ser do tamanho certo.